sinto-me uma bala
a caminho da câmara
arrasto o corpo pela parede fria
e deixo asfixiar
o sentimento de culpa.
eu.
só consigo sê-lo
neste frio que gela futuros
e petrifica o calor do coração.
aponto-me
faço-me mira
imploro por coragem.
preciso de um copo
que me ajude a decidir.
disparo, disparo-me.
cravo-me no peito
a dois milímetros da paz.
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